quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Carne Comer ou não.....Você Decide!!

Não há consenso sobre o consumo da carne. Confira os principais argumentos a favor e contra.
Que atire o primeiro bife quem nunca parou para pensar como seria a vida sem carne vermelha. Seriamos mais ou menos saudáveis? Tirando a discussão filosófica e ecológica e considerando somente o que tange a saúde, sobram argumentos pró e contra. A quantidade de informações contraditórias acaba confundindo e trazendo ainda mais dúvidas.

Contra a Carne

  •  Um estudo da Open University britânica, publicado no jornal medico Câncer Research, comparou dietas repletas em carne vermelha com as vegetarianas. Segundo os cientistas, um cardápio rico dessa proteína teria maior possibilidade de causar câncer porque danificaria o DNA, provocando mutações e aumentando o risco de câncer.
  •  Quem come muita carne vermelha pode ter maior risco de desenvolver alguns tipos de câncer renal, segundo um estudo feito nos EUA com milhares de adultos. Os autores do artigo publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition concluíram que adultos de meia idade que consumiam mais carne vermelha tinham 19% mais probabilidade ...

de serem diagnosticados com câncer nos rins do que aqueles que faziam um consumo moderado.
  •  O guia Abordagens Dietéticas para Prevenir a Hipertensão (DASH, sigla em inglês), indicado pela Associação Americana do Coração, é recomendado para a redução do colesterol e dos riscos de doenças cardíacas. A dieta encoraja o consumo de peixes e aves, mas não muita carne vermelha.
  • O aumento de comidas ricas em proteína em substituição ao consumo diário de carne vermelha diminui no risco de desenvolvimento de doenças do coração. Os resultados publicados no periódico Circulation, demostraram que o consumo de carne vermelha pode aumentar o risco do desenvolvimento dessas doenças cardíacas em até 30%.
  • Comer um bife ou uma salsicha por dia aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2. a conclusão é do maior estudo já feito sobre o assunto, com dados com cerca de 300 mil pessoas. A pesquisa, feita pela Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, foi publicada no American Journal of Clinical Nutition. As carnes processadas, como salame e mortadela, foram consideradas mais prejudiciais: poderiam elevar o risco de diabetes em 51%.
  • Um estudo sobre a relação entre o câncer e a carne vermelha publicado em 2007 na revista PLoS Medicine, afirmando que a dieta rica em carne vermelha pode aumentar em 24% o risco de câncer colorretal.
  • "A carne dificulta a digestão, forçando o fígado e o estômago a produzir ácido em excesso", Explica o oncologista suíço Fábio Levi, da universidade de Lausanne. "E a corrosão das paredes do intestino pode provocar mutações cancerígenas", afirma.
  • Outra substância presente na carne e apontada como perigosa é o amino hetero cíclico. Apesar de não existir na proteínas cruas ele é criado pelo calor da grelha ou da panela, formando aquele "pretinho" crocante dos churrascos e das frituras. Os aminos acabam no interior das células, onde se ligam ao DNA e provocam mutações cancerígenas, conforme explica Barbara Pense, da Universidade Técnica do Texas (EUA).
A Favor da Carne
  • Gary Taubes, correspondente da revista americana Science e um dos principais escritores de ciência do mundo, escreveu um longo artigo no qual classificava o medo da gordura saturada como "dogma". Taubes afirma que, mesmo com tantas pesquisas, não há prova de que gordura saturada e infarto estão ligados. E vai além: diz que a propaganda do governo só serviu para fazer com que os americanos comessem mais - ao evitar gordura, eles acabavam ingerindo mais carboidratos, mais açúcar, para manter a quantidade diária de calorias (o corpo tende a reclamar quando as calorias são insuficientes para saciá-lo - isso se chama fome). Resultado: o índice e obesidade passou de 14% para 22% no país. E obesidade, sabidamente é um sério fator para doenças cardíacas.
  • Os franceses e os mediterrâneos em geral consomem carnes de todos os tipos, mas têm ao seu favor o consumo de vegetais frescos e azeite de oliva, além de vinho. Seus índices de mortalidade por doenças cardíacas são bem mais baixos dos que os norte-americanos. Além disto, eles vivem mais. Genética e conjunção de todos os fatores, como comer sem pressa, podem contribuir para isto.
  • Não somos vegetarianos por natureza.O homem tem dentes pequenos e sistema digestório curto, características de onívoros, como explica o antropólogo e físico Walter Neves da Universidade de São Paulo, maior especialista brasileiro em homens pré-históricos. Ou seja, nosso organismo está preparado para comer de tudo, inclusive carne.
  • A carne é um alimento do grupo construtor, que tem a maior concentração de ferro biodisponível (de fácíl absorção pelo corpo humano), ou seja, com todos os aminoácidos essenciais a sua constituição, além do ferro heme que é, sem dúvida alguma, o mais eficiente no combate a anemia. Isso sem contar as demais qualidades: alto teor proteico de zinco, cálcio, magnésio, fósforo, enxofre, sódio, potássio, cloro, cobre, níquel, manganês e carboidratos (glicose e glicogênio), e ainda das vitaminas B1, B2, B3, B12, entre outras.
  • Algumas gorduras contidas na carne são fundamentais para a absorção das vitaminas lipossolúveis (dissolvidas em gordura) A, D, E e K. O temido colesterol, é o percursor da vitamina D (que fixa o cálcio nos ossos) e ainda dos hormônios adrenocorticais (estrógenos, andrógenos e progesterona). Elas são também precursoras das prostaglandinas, consideradas as substâncias biológicas mais potentes que existe no corpo humano, que tem a função de produzir relaxamento ou contração na musculatura, diminuem a pressão arterial e ativam (ou desativam ) alguns hormônios.
  • Paulo HenkinHenkin afirma que todas as dietas restritivas, não importa se de proteína ou de carboidrato, levará o organismo a um déficit nutricional, potencializando várias doenças.
  • A absorção do ferro das carnes é seis vezes maior do que a dos vegetais. Isso porque nos vegetais a concorrencia é desleal: o ferro convive com outras moléculas que atrapalham seu aproveitamento. Elas o deixam menos solúvel e mais difícil de atravessar a parede do intestino.
  • O Consumo de carne vermelha magra pode ser saudável para o coração, da mesma maneira que a carne branca, segundo pesquisa publicada no American Journal of Clinical Nutrition, na qual é constatado que quando há o controle da gordura saturada, os índices de colesterol podem ser reduzidos.   
  •  
    Jornal de Santa Catarina, segunda-feira, 23 de janeiro de 2012 / Daniela Santarosa
    Bem, sou suspeita à falar, pois há quinze anos não faço uso de carnes vermelhas, frango, embutidos, etc. Em outro momento darei meu parecer.
    Por enquanto só lhes digo sempre, que nada é proibido, mas tudo deve sim ser ponderado.
    Abraços!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário